sábado, 10 de setembro de 2011

2.

Mal sabe ele que eu sei o que ele não me quer dizer.
Que descobri, numa noite de martírio e fruto do acaso, o seu outro lado que ele teima em guardar só para si.
O outro lado da muralha, que eu, desconfiando que existia mesmo assim me conformei não vendo.

Devo ir mas quero ficar.
Prefiro ter-te entrelaçado em mim enquanto dormimos durante uns efémeros momentos, do que ter apenas a tua ausência.
Ainda que a tua ausência se faça sentir assim que os meus olhos não te tocam.

Nunca saberás aquilo que és para mim, assim como nunca saberás que isto é para ti.

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